O Quirguistão anunciou nesta sexta-feira (16) um cessar-fogo com o Tadjiquistão após uma série de conflitos na fronteira entre as duas ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central.
Leia mais: Amazônia Legal: Desmatamento de 2022 até agosto é o maior para o período nos últimos 15 anos
O presidente do Quirguistão, Sadyr Khaparov, e o presidente do Tadjiquistão, Emomali Rakhmon, reuniram-se à margem da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCS), em que participam no Uzbequistão, e "concordaram em instruir as instituições ao cessar-fogo e retirar as forças e equipamentos da linha de contato", de acordo com um comunicado do Quirguistão.
Embora os confrontos sejam frequentes na fronteira entre os dois países, que têm uma disputa territorial há anos, os últimos ilustram uma notável escalada da violência.
De acordo com o Quirguistão, o Tadjiquistão bombardeou nesta sexta-feira a cidade fronteiriça de Batken, localizada ao sudoeste do Quirguistão, em uma área disputada por ambos os países.
"A área ao redor do aeroporto de Batken e os arredores da cidade foram atacados por vários sistemas de lançamento de foguetes. A infraestrutura civil na cidade de Batken foi destruída", disse a guarda de fronteira do Quirguistão em comunicado.
A Rússia expressou "preocupação" com a situação e instou os dois lados a tomar "medidas urgentes" para acabar com a escalada.
Antes do anúncio, o Comitê Estatal de Segurança Nacional do Quirguistão informou os confrontos "intensos e violentos" na área de fronteira, e acusou o Tadjiquistão de "bombardear o território quirguiz com todo seu arsenal disponível" e de continuar enviando "equipamento pesado".
Leia também: Igreja Universal convoca fiéis para "jejum de notícias" por três semanas
REDES SOCIAIS