O Governo Federal decretou mais um sigilo. Desta vez, foi no celular usado por Roberto Castello Branco quando foi presidente da Petrobras. Segundo o economista, o aparelho tinha mensagens e áudios que poderiam incriminar o presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Se eu quisesse atacar o Bolsonaro, não foi e não é por falta de oportunidade. Toda vez que ele produz uma crise, com perdas de bilhões de dólares para seus acionistas (Petrobras), sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião. Não aceito 90% deles (convites) e, quando falo, procuro evitar ataques”, disse Castello Branco para Rubem Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil, durante troca de mensagens.
O sigilo foi decretado após a deputada Natália Bonavides (PT-RN) e o deputado Elias Vaz (PSB-GO) pediram acesso ao conteúdo das mensagens do celular para o Ministério de Minas e Energia.
Enquanto Vaz pediu uma cópia da investigação e os arquivos preservados no aparelho, Bonavides questionou quais procedimentos estão sendo conduzidos sobre a declaração de Castello Branco.
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Em nota divulgada pelo jornal O Globo, o Ministério informou que as informações sobre o caso são sigilosas e confidenciais.
Vale lembrar que a Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para colher depoimentos de Castello Branco e Novaes sobre o assunto.
Em entrevista ao O Globo, Castello Branco informou que já prestou o depoimento e disse que "não houve nada mais do que tentativas de interferência nos preços de combustíveis e pedidos de nomeação de diretores por parte do presidente”.
Assista a entrevista de Roberto Castello Branco no Roda Viva na íntegra:
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