Áudios obtidos pela Polícia Civil mostram pedidos de Jonas Lucas Alves Dias, ganhador de R$ 47 milhões na Mega-Sena em 2020, para que o gerente de seu banco liberasse uma transferência de R$ 3 milhões da sua conta.
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Os pedidos foram feitos quando ele já tinha sido sequestrado e estava sob o poder de uma quadrilha. Jonas foi assassinado e encontrado com sinais de espancamento na Rodovia dos Bandeirantes.
"Não chegou nada do comprovante, consegue agilizar isso pra mim?", diz Jonas em uma das mensagens de áudio. "Tô aqui na fazenda, preciso fechar isso aqui hoje", afirma, em outro momento.
"Ele estava subjugado, isso nós temos certeza. Pede transferência bancária, que obviamente foi negada porque o valor era irreal para ser transferido sem ser presencialmente", revela a delegada Juliana Ricci, titular da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba (SP).
A Polícia Civil divulgou novas imagens da vítima, que mostra o trajeto de Jonas antes de ser sequestrado pelo grupo no último dia 12 de setembro. Ele saía de casa todos os dias entre 5h30 e 6h e seguia até uma padaria do bairro. Naquele dia, imagens de câmeras do estabelecimento mostram que no local, onde compra pães, um suco de laranja, uma esfirra.
Após deixar os pães com a irmã, ele sai para caminhar, quando é filmado por uma câmera de monitoramento em uma rua. Equipamentos de videomonitoramento da vizinhança também mostram o carro de um dos criminosos passando por ele.
As investigações apontaram três homens e uma mulher como envolvidos na morte de Jonas. Dois foram presos e os outros seguem foragidos.
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