Extração madeireira ilegal aumenta 11 vezes em terras indígenas do Pará
A extração ilegal em terras indígenas no estado saltou de 158 para 1720 hectares entre agosto de 2019 e julho de 2021
21/09/2022 07h24
Nos últimos 12 meses, a área de extração ilegal de madeira em territórios indígenas no Pará aumentou 11 vezes.
Os dados foram divulgados pela Rede Simex, formada por quatro instituições ambientais: o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e o Instituto Centro de Vida (ICV).
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Em números concretos, a extração madeireira nos territórios indígenas do estado aumentou 158 hectares entre agosto de 2019 a julho de 2020 para 1720 hectares entre agosto de 2020 e julho de 2021. O aumento representa uma taxa de aproximadamente 1000%.
O levantamento também apontou que a comunidade Amanayé, localizada no município de Goianésia do Pará, foi a área mais impactada. Entre agosto de 2020 e julho de 2021, 73% das terras indígenas do Pará foram afetadas pela extração madeireira ilegal.
A maior parte da exploração ocorreu na Floresta Nacional do Jamanxim, perto dos municípios de Itaituba e Novo Progresso. A área teve 56 hectares com registros de exploração de madeira, o que significa que 45% da área total foi afetada.
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A Rede Simex destaca que a extração autorizada, que somava 22.544 hectares na pesquisa anterior, aumentou 49% entre agosto de 2020 e julho de 2021. O Imazon aponta que, ao contrário do desmatamento, que acontece quando a vegetação é completamente removida para transformar o solo em agricultura ou mineração, a extração de madeira envolve a remoção de apenas algumas árvores.
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