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Outubro é o mês de conscientização do controle do câncer de mama, momento em que especialistas reiteram a importância dos exames de rastreio e alertam para os riscos dos diagnósticos tardios.

Nacionalmente, excluindo os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o que mais comumente acomete mulheres de todas as regiões. Só em 2022, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 66.280 novos casos.

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A campanha também enfatiza que o câncer de mama é uma das principais causas de morte na população feminina. E, apesar da importância da mamografia, a pandemia piorou esse cenário. Dados de 2017 revelam que cerca de 372 mil mulheres realizaram a mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mas, em 2021, o número foi de pouco mais de 338 mil, uma queda de 9,03% — pelo efeito da crise sanitária no país. 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou em nota que a rede privada, em 2017, fez 5.020.622 mamografias. Já em 2021, embora também tenha sido um número menor, foram realizados 4.575.624 exames.

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Casos atuais

Em 2019, havia 41.786 pessoas em tratamento contra o câncer de mama no país, e a mortalidade chegou a um total de 18.068. Já no ano de 2021, o número de tratamentos caiu para 23.191, e a mortalidade ficou em 17.825, de acordo com um levantamento do Ministério da Saúde. 

Pesquisa recente, produzida pelo Grupo Latino-Americano de Oncologia Cooperativa (Lacog, na sigla em inglês) em parceria com o Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama e apoio do Instituto Avon, mostrou que 2.950 mulheres de 22 centros de saúde em 9 Estados descobriram o tumor entre janeiro de 2016 e março de 2018.

A pesquisa mostrou que, de cada dez usuárias do SUS, três receberam o diagnóstico apenas no terceiro estágio da doença. Segundo os números, 43% das mulheres avaliadas com câncer de mama tinham menos de 50 anos de idade no momento do diagnóstico, e, 74,2% das pacientes na rede pública detectaram o câncer através de sintomas e sinais, não de exames rotineiros. 

A orientação médica é que caso apareça qualquer anormalidade na região dos seios, a pessoa procure um médico, os especialista alertam para mulheres com mais de 40 anos ou histórico familiar de câncer de mama.