Sociedade Brasileira de Infectologia mostra preocupação com falta de remédios para tratar Covid-19
Apesar da Anvisa já ter liberado medicamentos que ajudam no tratamento, remédios não estão sendo distribuídos
05/10/2022 17h43
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) emitiu uma nota nesta quarta-feira (5) para mostrar preocupação sobre a falta de acesso a medicamentos contra a Covid-19 aprovados pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária). De acordo com o comunicado, os remédios para tratamento e prevenção da doença não foram distribuídos e não chegaram aos postos de saúde.
“É fundamental lembrar que apesar do número de hospitalizações e óbitos por covid-19 ter reduzido importantemente por conta do avanço da vacinação, somente nesse último mês de setembro, 7.321 brasileiros perderam a vida com o diagnóstico da doença, sendo que muitos deles poderiam se beneficiar de medicações terapêuticas ou estratégias preventivas contra a infecção pelo SARS-COV-2 aprovadas pela Anvisa”, explicou a SBI na nota.
No documento, a SBI lista cinco fármacos que já deveriam estar sendo distribuídos pela rede pública, mas não estão ao alcance das pessoas neste momento:
- Nirmatrelvir e ritonavir: medicação antiviral que reduz substancialmente o risco de hospitalização e óbito;
- Baracitinibe: indicado em pacientes com Covid-19 grave hospitalizados;
- Molnupiravir: fármaco antiviral que reduz substancialmente o risco de hospitalização para pacientes em fase inicial da doença;
- Rendesivir: indicado para pacientes com casos de Covid-19 fraca, moderada ou forte;
- Anticorpos monoclonais Tixagevimabe e Cilgavimabe: ajudam a prevenir episódios de Covid-19 em indivíduos de alto risco de progressão para doença grave.
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“No cenário atual da Covid-19 se demonstra concentração de evolução para Covid-19 grave em indivíduos não vacinados, ou ainda em imunossuprimidos, além de idosos extremos e/ou com comorbidades, pois nesses indivíduos a efetividade vacinal tem se demonstrado com menor poder de proteção quando comparada com a população em geral”, completou.
Ao final, o órgão lembra que sempre há a chance de surgir uma nova variante da Covid-19 ou um subvariante da ômicron.
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