Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Reprodução/ Flickr Ministério da Saúde
Reprodução/ Flickr Ministério da Saúde

A secretaria de saúde do Pará informou nesta quinta-feira (6) que investiga um caso suspeito de poliomielite em uma criança de 3 anos. Caso seja confirmado, será a primeira vez em 33 anos que o vírus é identificado no Brasil.

A doença está erradicada no país desde 1989. Nos últimos anos, a campanha de vacinação contra a doença apresentou baixa adesão. Em 2022, nenhum estado alcançou a meta do Ministério da Saúde de 95% da cobertura vacinal.

Leia mais: Ministro da Educação nega bloqueio do orçamento de universidades e diz que reitores “politizam” debate

De acordo com as informações da secretaria de saúde do Pará, o vírus foi identificado em testes feitos com as fezes de uma criança de 3 anos. O menino compareceu a uma unidade de saúde com dor de cabeça, febre, dores musculares e redução motora nas pernas, sintomas similares com o da paralisia infantil.

O menino é residente do município de Santo Antônio do Tauá. Segundo informações, ele apresentou os primeiros sintomas em 21 de agosto, 24 horas após ter sido vacinado com a tríplice viral e a VOP (vacina oral poliomielite).

A preocupação com o avanço da doença surgiu no Brasil pela diminuição da vacinação, a partir de 2018. Naquele ano, a cobertura era de 89,54%. Em 2019, de 84,19%. Em 2020, foi para 76,05% e, em 2021, caiu para 66,62%. A baixa cobertura acendeu um alerta preocupante na comunidade médica.

Em março, o site da TV Cultura entrevistou a infectologista Raquel Stucchi, professora da Unicamp, que fez um alerta para uma possível volta da doença.

Após a infecção, não há cura para tratar a poliomielite. A única forma de prevenir a doença, de acordo com a infectologista, é a vacina. “Uma vez que o paciente entra em contato com o vírus da poliomielite, não há nenhuma proteção, o risco de adoecimento ele é grande, então só pensamos em poliomielite quando tiver o aparecimento de paralisia flácida, daí é realizada a investigação. A investigação é através da pesquisa do poliovírus nas fezes da pessoa com o sintoma”, disse à época.

Entre os anos 1960 e 1980, o país registrou um surto da doença, pela facilidade da contaminação, contabilizou mais de 26 mil casos do vírus entre 1968 e 1989, antes da erradicação. A transmissão da poliomielite acontece de algumas formas: a mais comum é o contato entre pessoas, por meio da via fecal-oral, por objetos, água e alimentos contaminados com fezes de doentes. Além disso, é possível transmitir por gotículas (ao falar ou espirrar).

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação de 2022 terminou em 30 de setembro, última sexta-feira. Segundo o Ministério da Saúde, 54,21% das crianças entre um e menores de cinco anos haviam sido imunizadas contra a poliomielite.

Apesar do fim da mobilização, todas as vacinas que compõem o Calendário Nacional de Vacinação, incluindo o imunizante que protege contra a pólio, seguem disponíveis para a população brasileira durante todo o ano.

Leia também: Sete toneladas de bolotas de óleo são recolhidas em praias de Pernambuco