Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Reprodução/ Flickr/ Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
Reprodução/ Flickr/ Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

A ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos) explicou nesta quinta-feira (13) que as denúncias de tráfico e abuso sexual contra crianças no estado do Pará feitas por ela no última final de semana se basearam em “conversas com o povo na rua”.

“O que eu falo no meu vídeo são as conversas que eu tenho com o povo na rua. Eu não tenho acesso, os dados são sigilosos, mas nenhuma denúncia que chegou na ouvidoria deixou de ser encaminhada”, disse Damares.

A declaração foi dada à Rádio Bandeirantes, onde também contou que todas as informações que recebe são repassadas ao Ministério Público.

No último sábado (8), durante um culto na igreja Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia (GO), ela disse que crianças da Ilha de Marajó, no Pará, são traficadas para o exterior e submetidas a mutilações corporais e a regimes alimentares que facilitam abusos sexuais.

Leia também: Lewandowski envia notícia-crime contra Damares Alves à Justiça do Pará

A ex-ministra também revelou que as denúncias estavam baseadas em imagens obtidas e guardadas pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Porém, antes da sua entrevista, ela começou a mudar a sua versão. Damares afirmou que os relatórios da CPI da Pedofilia do Senado e os inquéritos poderiam comprovar suas declarações.

O Ministério Público Federal do Pará (MPF/PA) emitiu nota nesta quinta e explicou que, nos último 30 anos, nenhuma denúncia sobre tráfico de crianças apresentavam características apresentadas pela senadora eleita.

“O Ministério Público Federal atuou, de 2006 a 2015, em três inquéritos civis e um inquérito policial instaurados a partir de denúncias sobre supostos casos de tráfico internacional de crianças que teriam ocorrido desde 1992 no arquipélago do Marajó, no Pará. Nenhuma das denúncias mencionou nada semelhante às torturas citadas pela ex-ministra Damares Alves no último dia 8”, explicou o órgão.

Leia também: MPF abre inquérito para investigar ‘conduta provocadora’ de danos ambientais em Terra Indígena no Pará

O MPF/PA enviou um ofício ao Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) pedindo informações sobre os casos citados por Damares.

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão estabeleceu um prazo de três dias, para que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direito Humanos forneça informações sobre todas as denúncias de violência contra crianças que recebeu desde 2016.