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Aplicativo citado por Bolsonaro não alfabetiza sozinho, diz universidade que adaptou plataforma

GraphoGame foi citado pelo presidente no debate da TV Bandeirantes ao afirmar que crianças são alfabetizadas em seis meses em seu governo


18/10/2022 12h48

Os desenvolvedores da adaptação para o português do aplicativo GraphoGame, utilizado pelo governo federal na Política Nacional de Alfabetização, afirmam que a ferramenta sozinha não é capaz de alfabetizar estudantes. A plataforma foi mencionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o debate na TV Bandeirantes, no último domingo (16). 

Bolsonaro falou sobre o aplicativo ao ser questionado no debate sobre educação. "O nosso ministro da Educação tem um aplicativo, chama-se Graphogame. Em um celular, baixa o aplicativo, e a garotada fica assim, letra A, aparece o som de A. No tempo do Lula, a garotada levava três anos para ser alfabetizada. Agora, leva seis meses", disse.

O jogo, desenvolvido na Finlândia, teve seu conteúdo adaptado ao português pelo Instituto do Cérebro (Inscer), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

"A universidade explica que o aplicativo pode ser uma ferramenta de apoio, mas que sozinho não é capaz de alfabetizar. Este não foi e não é o objetivo da iniciativa", diz a PUCRS, em nota.

A universidade destaca ainda que a alfabetização não é o objetivo da iniciativa e dos pesquisadores. A ferramenta tem o objetivo de auxiliar no desenvolvimento da consciência fonológica e fonêmica das crianças, ou seja, na relação letra e som.

Nota da PUCRS:

A PUCRS, por meio de um projeto de pesquisa multidisciplinar, foi responsável apenas por realizar a adaptação para o português do aplicativo GraphoGame, jogo desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Finlândia com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento da consciência fonológica e fonêmica das crianças, ou seja, na relação letra e som (grafema-fonema).

A universidade explica que o aplicativo pode ser uma ferramenta de apoio, mas que sozinho não é capaz de alfabetizar. Este não foi e não é o objetivo da iniciativa e dos pesquisadores em nenhum momento. Para uma criança ser alfabetizada ela precisa de instrução sistemática e consistente, precisa de vivências e sem dúvida alguma do apoio da Escola e especialmente de educadores.

Divulgação

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