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Ao lado de Michelle, Bolsonaro pede desculpas a venezuelanas

Presidente foi acusado de pedofilia nas redes sociais após dar entrevista a um podcast


18/10/2022 14h15

Ao lado da primeira-dama Michelle, o presidente Jair Bolsonaro gravou um vídeo nesta terça-feira (18) em que pede desculpas às venezuelanas que visitou no Distrito Federal. A advogada Maria Teresa Belandri, representante do líder da oposição venezuelana Juan Guaidó no Brasil também aparece na publicação.

“Se as minhas palavras, que, por má-fé, foram tiradas de contexto, de alguma forma foram mal entendidas ou provocaram algum constrangimento às nossas irmãs venezuelanas, peço desculpas”, disse.

Segundo Bolsonaro, a repercussão negativa de suas declarações é culpa dos "militantes de esquerda".

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"Estamos indignados com as últimas ações de alguns militantes de esquerda, que, sem nenhum pudor, estão pressionando mulheres venezuelanas a fim de obterem vantagem política neste momento", declarou.

“Mesmo depois da decisão do TSE, tomada em função da mentira que vinha sendo veiculada sobre minha pessoa, esses inomináveis agora dirigem seus ataques contra essas mulheres. As palavras que eu disse, refletiram uma preocupação, da minha parte, no sentido de evitar qualquer tipo de exploração de mulheres que estavam vulneráveis", completou.

No vídeo, o presidente diz que as venezuelanas eram trabalhadoras. "A dúvida e a preocupação levantadas foram quase que imediatamente esclarecidas à época pela nossa ministra da Mulher, Damares Alves, que foi ao local e constatou que as mulheres citadas na live eram trabalhadoras", ressaltou o chefe do Executivo.

Entenda o caso

Na última sexta-feira (14), em conversa com influenciadores em um podcast, o presidente falou sobre a vinda de venezuelanos ao Brasil. Na ocasião, narrou um encontro com meninas de idades entre 14 e 15 anos durante um passeio de moto nos arredores de Brasília.

Ao relatar o episódio, o presidente disse que "pintou um clima" ao interagir com as garotas e insinuou que elas estariam se prostituindo.

"Eu estava em Brasília, na comunidade de São Sebastião, se eu não me engano, em um sábado de moto [...] parei a moto em uma esquina, tirei o capacete, e olhei umas menininhas... Três, quatro, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas, num sábado, em uma comunidade, e vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. 'Posso entrar na sua casa?' Entrei. Tinha umas 15, 20 meninas, sábado de manhã, se arrumando, todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos, se arrumando no sábado para quê? Ganhar a vida", afirmou o presidente no programa.

A declaração gerou uma grande repercussão e foi criticada por opositores nas redes sociais. O mandatário foi acusado de pedofilia.

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