O ex-presidente do PTB, Roberto Jefferson, teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
De acordo com fontes da Polícia Federal e o advogado de Jefferson, Luiz Gustavo Cunha, o político resistiu ao mandado de prisão neste domingo (23) e atirou em policiais federais, na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro.
Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) tiveram de ir ao local para negociar a rendição de Jefferson.
O também ex-deputado federal é um dos investigados em um inquérito que analisa atividades de um grupo criminoso que teria atentado contra o Estado Democrático de Direito. Anteriormente, uma das medidas determinadas pela justiça foi que Jefferson não utilizasse as redes sociais durante a prisão domiciliar.
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Contudo, publicou vídeos nos últimos dias nos quais rebate a decisão da ministra do STF, Cármen Lúcia, e a ofende. Na última sexta-feira (21), a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia pediu a prisão do político, e neste domingo (23), os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Eliziane Gama (Cidadania-MA) fizeram o mesmo pedido.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT) se manifestaram nas redes sociais sobre as atitudes de Jefferson.
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) se mostrou solidária à ministra do Supremo após os vídeos de Jefferson. "A manifestação é duplamente grave, porque atenta contra o exercício da magistratura e também porque se apoia em estereótipos de cunho sexista".
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