Notícias

Deputado petista pede investigação contra governador Rodrigo Garcia por suposto enriquecimento ilícito

José Américo alegou que o patrimônio do governador é incompatível com a sua renda proveniente das funções de secretário estadual e de deputado


03/11/2022 16h26

O deputado estadual José Américo (PT/SP) enviou um pedido de investigação para o procurador-geral de Justiça de São Paulo contra o governador Rodrigo Garcia (PSDB) por suposto enriquecimento ilícito.

O político paulista possui um patrimônio real que inclui fazendas, mansões e imóveis no nome de sua empresa. Segundo o petista, o valor real é maior do que o declarado à Justiça Eleitoral.

"Estamos diante de um caso gravíssimo de enriquecimento de uma autoridade pública, no caso, o governador do principal estado do país, que detém um patrimônio que pode chegar a R$ 90 milhões, sem possuir lastro para tanto em sua atividade empresarial e profissional", afirmou o deputado na representação.

A maioria dos imóveis estão registrados em nome da Centroeste Agropecuária, que pertence ao governador. A empresa possui fazendas de criação de gado em Mato Grosso do Sul e Goiás, além de casas de alto padrão no interior de São Paulo.

Leia também: Alckmin sugere PEC da Transição para assegurar Auxílio Brasil de R$ 600

O governador declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um total R$ 5,7 milhões em bens ao registrar a sua candidatura, sendo o mais rico entre os candidatos ao governo paulista. Na lista, há R$ 2 milhões em cotas da empresa Centroeste, dona de bens superiores a este valor.

Na investigação feita por Américo, o patrimônio do governador é incompatível com a sua renda proveniente das funções de secretário estadual e de deputado.

"Registre-se que sua atividade empresarial, como acionista da empresa 'Centroeste Participações e Agropecuária', vem sendo desenvolvida secundariamente em relação à sua vida política e os resultados econômicos deste e de outros empreendimentos de que participou foram sempre pouco transparente", completou o denunciante.

Anteriormente, a assessoria de Garcia se defendeu das acusações e afirmou que não existe ilegalidade em sua declaração. Além disso, complementou que o capital social da empresa não tem relação necessária com o valor das cotas e seu patrimônio.

Leia também: Elon Musk ironiza reclamações da cobrança de US$ 8 pelo selo verificado no Twitter

"Os bens pertencem à empresa. Rodrigo Garcia não poderia declará-los como se pertencessem à pessoa física, inclusive sob pena de configurar crime de falsidade ideológica eleitoral. A declaração trouxe as cotas da empresa, pelo valor de seu capital social”, disse em uma resposta ao jornal Folha de S.Paulo.

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

“Boiadas passaram por onde deveria passar proteção”, diz Marina Silva

Covid-19: Brasil registra 32.715 casos em 24h e média móvel segue em tendência de queda

Lula fará primeira reunião com governadores em 27 de janeiro

Marina Silva assume Ministério do Meio Ambiente pela segunda vez

Imposto de Renda: Tabela de cálculo não é totalmente corrigida pela inflação há 27 anos