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Com apoio da família Herzog e do Itaú Cultural, o Instituto Vladimir Herzog lança nesta quinta-feira (10) “A vida de Vladimir Herzog: Um sobrevivente que não se calou diante de injustiças sociais”. A obra é apenas a primeira de uma série de exposições na plataforma Google Arts & Culture.

“É fundamental poder difundir a vida de Vlado, sua participação no espaço público brasileiro, seus interesses, ideias e projetos”, afirma a coordenadora da área de Memória, Verdade e Justiça do Instituto Vladimir Herzog. “Sobretudo nesse momento de reconstrução da sociedade brasileira, acreditamos na importância de resgatar esses anseios e trajetórias”, completa Gabrielle Abreu.

O conjunto de imagens no formato multimídia apresenta a trajetória do jornalista, assassinado pelos agentes de repressão da Ditadura Militar (1964-1985). Outras duas exposições com recortes de sua vida e obra serão lançadas na mesma plataforma ainda em 2022.

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Quem foi Vladimir Herzog?

Nascido na até então Iugoslávia em 1937, Vlado veio para o Brasil ainda criança, junto de seus pais, que tiveram que fugir do antissemitismo durante a Segunda Guerra Mundial por conta de sua origem judaica. Além de jornalista, ele também era professor e dramaturgo.

Herzog se formou em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP) em 1959. Embora seu nome de nascença fosse Vlado, ele passou a assinar seus trabalhos como Vladimir por julgar um nome mais comum para os brasileiros.

Após passar por diversos veículos de imprensa, como por exemplo "O Estado de S. Paulo" e "BBC", Herzog assumiu a direção do departamento de telejornalismo da TV Cultura nos anos 1970. Até os dias atuais, o nome do prédio responsável pelo jornalismo da emissora leva seu nome.

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O jornalista também passou a atuar no movimento de resistência contra a Ditadura Militar, que visava eleições diretas e liberdade de imprensa. Seus atos, junto ao seu vínculo com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), o colocaram como um dos principais alvos do regime da época.

Em 1975, durante o governo do general Ernesto Geisel, Vlado foi convocado para prestar um depoimento sobre suas ligações com o PCB. Após comparecer ao DOI-CODI, o jornalista ficou preso, assim como demais profissionais da área.

Dias depois, foi divulgado que o militante teria se suicidado dentro de sua cela. Os militares divulgaram uma foto de Herzog com um cinto amarrado em seu pescoço, como se ele tivesse se enforcado. No entanto, a imagem mostra que a vítima não estava a uma altura que possibilitasse o ato.