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PGR pede que STF rejeite pedidos de afastamento de ministro da Defesa e diretor-geral da PRF

Procuradoria diz que não há indícios que comprovem as acusações


18/11/2022 15h25

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu na última quinta-feira (17) que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeite os pedidos de investigação contra o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, e contra ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.

Segundo a ação assinada pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, os protocolos apresentados pelo deputado federal Marcelo Calero e pelo senador Randolfe Rodrigues não apresentam "elementos concretos e reais" de uma organização criminosa que atenta contra a democracia.

"As novas notitias criminis [notícias-crime] em questão também não trazem fatos a serem contemplados por esta investigação, já que não veiculam elementos concretos e reais de inserção em uma organização criminosa que atenta contra a democracia e o estado de direito”, disse.

O Ministério Público Federal pediu o afastamento do diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, por 90 dias. O MPF argumenta que ele fez uso indevido do cargo.

Segundo o órgão, Vasques pediu votos irregularmente para o presidente Jair Bolsonaro. No pedido, os procuradores apontam ainda uma postagem de Silvinei Vasques. Um dia antes do segundo turno das eleições, ele publicou uma foto da bandeira do Brasil e escreveu: “Vote 22”. O post foi apagado depois.

Uma ação protocolada por um grupo de advogados pede o impeachment de Paulo Sérgio Nogueira. O grupo cita crime de responsabilidade por conta do relatório divulgado pelas Forças Armadas que confirma os dados da votação das eleições deste ano “não exclui a possibilidade da existência de fraude” nas urnas.

“O tempo vem evidenciando que, sob a motivação de apuração de ataques contra a Democracia e o Estado de Direito, determinadas investigações têm angariado objeto amplo e periodicamente modulado, para alcançar fatos e pessoas distintas, em pontos de investigação separados por apensos e novos procedimentos investigatórios criminais, sem relação de conexão ou continência”, acrescentou a vice-PGR.

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