Após seis semanas de alta, preço da gasolina volta apresentar queda, aponta relatório da ANP
Apesar da queda, preço médio permanece acima dos R$ 5; por outro lado, etanol apresentou alta
25/11/2022 22h26
Levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) publicado nesta sexta-feira (25) revelou que o preço média da gasolina, após seis semanas seguidas, voltou a apresentar queda. Entre os dias 19 e 25 de novembro, o valor foi de R$ 5,05 para R$ 5,04, uma redução de 0,2%.
Desde o dia 2 de outubro, o preço da gasolina estava subindo no país, quando o litro chegou ao mínimo do ciclo, de R$ 4,79. Em quase dois meses, o preço do combustível subiu 5,2%.
De acordo com o levantamento, a leve queda aconteceu devido ao esgotamento do movimento de alta de preços do etanol anidro, relacionado à entressafra. O produto compõe 27% da mistura da gasolina.
Ainda segundo a ANP, o valor máximo do combustível encontrado nos postos brasileiros foi de R$ 6,99.
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Porém, o litro do etanol apresentou alta. O preço saiu de R$ 3,84 para R$ 3,86, uma subida de 0,52%. É a oitava semana seguida que o combustível ficou mais caro. O valor mais alto encontrado foi de R$ 6,10.
O preço do diesel não se modificou em permaneceu em R$ 6,57 por litro. O valor mais alto encontrado nesta semana foi de R$ 7,89.
Queda dos preços
Em junho deste ano, apenas cinco meses atrás, os preços do litro do diesel e da gasolina alcançaram os maiores valores nominais registrados pela ANP desde que passou a fazer o levantamento semanal de preços, em 2004.
Vale lembrar o efeito da limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) adotada pelos estados. Pela lei, os governos não podem cobrar taxa superior à alíquota geral, que varia de 17% a 18%.
Defasagem
Apesar do aumento de preços ser vista como natural, após semanas consecutivas de queda, começa uma preocupação com a defasagem dos preços. Na política de preços da Petrobras, a gasolina deve ser vendida com preços compatíveis ao do exterior.
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De acordo com Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem média no preço do diesel e da gasolina está em 1%.
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