OAB/DF lança campanha de conscientização sobre soltura de rojões e fogos de artifício
“Diga não aos rojões e fogos de artifício com barulho” surge em meio aos jogos de futebol e festas de fim de ano
01/12/2022 13h22
A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) lançou nesta quarta-feira (30) a campanha “Diga não aos rojões e fogos de artifício com barulho”, para atentar a população em meio aos jogos de futebol e à proximidade das festas de fim de ano para o sofrimento causado aos animais e pessoas autistas.
A publicação destaca que pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) sofrem com essa forma de comemoração por terem hipersensibilidade aos ruídos, o que faz com que esses barulhos gerem uma sobrecarga aos sentidos, ao mesmo tempo que ocasionam crises de ansiedade, pânico, e instabilidade emocional e comportamental.
“Quem pensa em soltar fogos e rojões nessas festividades reflita, não queira ser a pessoa que vai causar esse sofrimento aos outros. Tenha compaixão, se coloque no lugar do autista que tem hipersensibilidade aos sons. É possível celebrar de diversas maneiras sem prejudicar o próximo”, declara Edilson Barbosa, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Autismo da OAB/DF.
O terror gerado pelos fogos e rojões também atinge os animais, que ao tentar se proteger do barulho fogem, se machucam ou são atropelados. Em outros casos, os animais domésticos e silvestres sofrem parada cardiorrespiratória e morrem.
A vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais, Ana Paula Vasconcelos, endossa que a soltura de fogos e rojões com barulho é altamente prejudicial, e causa o sofrimento não apenas de autistas e animais, mas todos os que acompanham seus entes queridos e as consequências emocionais, físicas e até financeiras em razão de gastos médicos e veterinários.
“Inúmeras famílias, tutores de animais não saem para comemorar as festas e vitória de seus times. São obrigadas a estar em casa ao lado dos seus familiares vulneráveis e pets para evitar que eles se machuquem, fujam e até morram. Enquanto alguns se divertem com os estrondos dos fogos e rojões, um grupo muito maior perde a paz e até a vida. Não faz sentido isso continuar sendo permitido”, expõe.
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