A Delegacia de Homicídios da Polícia Civil de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, investiga um caso de tortura dentro de um supermercado do município contra dois homens que teriam furtado dois pacotes de picanha, que custam cerca de R$ 100 cada. Segundo o delegado que investiga o caso, Robertho Peternelli, os suspeitos das agressões são cinco seguranças, o gerente e o subgerente do supermercado.
A Polícia Civil identificou, até o momento, dois dos cinco seguranças envolvidos nas agressões, mas não divulgou os nomes deles. Em nota, a rede Unisuper disse que "repudiamos veementemente qualquer ato de violência ou de violação dos Direitos Humanos" e que está "integralmente à disposição das autoridades para fornecer todas as informações solicitadas". A empresa Glock, que presta serviço ao supermercado, disse em nota que só vai se manifestar em juízo.
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"Os cinco seguranças e o gerente devem ser indiciados por tortura e ocultação das provas. O subgerente por tortura e omissão. A polícia investiga indícios de outro crime de extorsão mediante sequestro porque eles só foram liberados depois do pagamento de R$ 644 exigido pelos agressores", explicou o delegado.
O caso ocorreu no dia 12 de outubro e a polícia só ficou sabendo porque um dos homens que sofreu as agressões deu entrada no Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre com várias fraturas no rosto e na cabeça e precisou ser colocado em coma induzido.
De acordo com a polícia, 31 câmeras de segurança gravaram o que aconteceu dentro do supermercado e também no depósito onde as vítimas foram agredidas. Os policiais foram até o estabelecimento coletar as imagens, mas perceberam que os arquivos haviam sido apagados logo que eles entraram no local. O delegado Peternelli apreendeu o equipamento de gravação e o encaminhou para a perícia, que conseguiu recuperar os arquivos.
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