Talibã proíbe mulheres afegãs de frequentaram as universidades do país
Governo volta atrás sobre decisão tomada no ano passado, e ida de mulheres às universidades volta a ser vetada
20/12/2022 15h15
O Ministério da Educação Superior do Afeganistão, comandado pelo Talibã, emitiu um comunicado nesta terça-feira (20) informando que o acesso de mulheres nas universidades do país está suspenso até segunda ordem. A orientação é que todas as instituições públicas e privadas devem bloquear as entradas de maneira imediata.
Essa é a mais recente restrição do Talibã à educação de mulheres no país.
Anteriormente, o grupo que comanda o país permitia a ida de mulheres nas instituições de ensino, porém, em salas diferentes das dos homens. Mas essa decisão durou pouco tempo.
A pena de morte, apedrejamentos e amputações das mãos para crimes, como roubos e adultérios, foram reintroduzidos pelo Talibã em setembro de 2021. Além disso, as meninas foram proibidas de receber educação formal além da sexta série.
Leia também: Casos de Covid-19 na China acendem alerta mundial
Sobre as pautas morais, o governo tornou obrigatório o uso de véus cobrindo o rosto das mulheres. Em caso de desobediência, há três escalas de advertências para o "guardião masculino", sendo três dias de prisão a mais grave.
Com o veto das mulheres nas universidades, a comunidade internacional deve se manifestar e decretar novas sanções ao país. Vale lembrar que o governo atual não é reconhecido oficialmente.
REDES SOCIAIS