Mulheres têm 75% mais chances de ter reações adversas com remédios do que os homens, diz pesquisa
Estudos da Universidade Nacional da Austrália apontam os diversos fatores que levam as mulheres sentirem mais reações do que os homens
21/12/2022 17h36
Um pesquisa realizada pela Universidade Nacional da Austrália revelou que as mulheres têm 75% mais chances de ter reações adversas com remédio comparado aos homens. Segundo o estudo, fatores relacionados ao sexo são determinantes, como a perda de ferro maior em relação aos homens por conta da menstruação.
“A mulher tem o privilégio de se observar no decorrer de um mês. A gente percebe mudança de humor, momentos de mais dor e alteração de pele. Então, nós somos mais perceptiva. Essa construção social de que somos a cuidadora dos filhos, faz a gente ser mais perceptiva a sinais e sintomas que vem de um efeito colateral de medicação”, explica a geriatra Louise Mintessanti.
Outros fatores que podem estar relacionadas aos efeitos colaterais, de acordo com a pesquisa, são diferenças de temperatura corporal, distribuição de massa magra, gordura e frequência cardíaca. Além de características fisiológicas, questões comportamentais também podem ser responsáveis por essa dissonância.
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Diante de tamanhas diferenças, especialistas defendem que os estudos de medicamentos contemplem mais mulheres e aspectos fisiológicos relacionados ao sexo. Do lado clinico, ainda é preciso olhar de forma individualizada para cada paciente a prescrever um remédio.
“Não é só a biologia que é diversa. Cada pessoa está numa fase de vida diferente, trás toda uma cultura diferente. Então, você precisa individualizar o tratamento, seja medicamentoso ou quando for oferecer para o paciente uma estratégia de melhoria de hábitos”, completou a geriatra.
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