Vinícius Marques de Carvalho assumiu a Controladoria-Geral da União (CGU) do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira (3).
Em discurso, Carvalho disse que houve uso "indiscriminado" e "indevido" de decretos de sigilos feitos pelo governo Bolsonaro.
Na última segunda-feira (2), Lula determinou que a CGU revise, em até 30 dias, a imposição do sigilo de até 100 anos a documentos de Bolsonaro, da família dele e de atividades de Inteligência.
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O ex-presidente colocou sob sigilo, por exemplo, o seu cartão de vacina e o processo sobre a participação do ex-ministro da Saúde e então general da ativa do Exército Eduardo Pazuello em uma manifestação no Rio de Janeiro.
"Houve uso indiscriminado e indevido do sigilo para supostamente proteger dados pessoais ou sob o falso pretexto de proteção da segurança nacional e da segurança do Presidente da República".
"[...] não há democracia e soberania sem um estado transparente, aberto ao diálogo, ao controle e à participação social. A transparência é regra, e o sigilo é sempre a exceção", disse o novo ministro.
Vinícius Carvalho é graduado e doutor em direito pela Universidade de São Paulo. O novo ministro foi presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), entre os governos de Dilma e Temer.
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