A ministra das Mulheres Cida Gonçalves disse em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (4) que a questão sobre o aborto legal deve ser debatido no Brasil, principalmente no âmbito do planejamento familiar e do atendimento integral à saúde da mulher.
"O que estamos falando em avançar é que estamos em 2023 e falamos de um Código Penal dos anos 40. Nós precisamos avançar no debate político. Discutir a questão da saúde da mulher é fundamental porque nós precisamos debater o planejamento familiar, acesso das mulheres à informação, acesso a todo processo contraceptivos delas. Então, existem vários elementos colocados nos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, que têm que ser colocado no debate."
Leia também: Presidente do Metrô de SP renuncia e interino assume até decisão de Tarcísio
Três ministros de Estado assumem suas respectivas pastas
“A única coisa que se coloca é o aborto como uma coisa final. Não é. Nenhuma mulher gosta de fazer aborto ou quer fazer aborto. Quais são as condições que são dadas? É esse o debate que é importante avançar no país efetivamente: o planejamento familiar e o atendimento integral à saúde da mulher.”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse em abril do ano passado ser contra a prática do aborto, mas ponderou que a questão do procedimento deve ser tratada como “questão de saúde pública”.
Anteriormente, o petista havia dito durante um evento da Fundação Perseu Abramo que “todo mundo deve ter direito” de abortar. A declaração gerou muita polêmica.
REDES SOCIAIS