O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o documento encontrado na casa de Anderson Torres, apelidado de “minuta do golpe”, pode ser configurado como um risco ao Estado Democrático de Direito. Na ocasião, o magistrado concedia uma entrevista ao Jornal da Globo.
“Esse documento suscita uma série de indagações, e não é revelador de boa intenção em relação à preservação dos parâmetros da democracia”, constatou o integrante do STF.
Para ele, o país observou “uma sequência de fatos desde 2019”, como por exemplo “ataques eventualmente ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal, tivemos dois 7 de setembro sempre com esse tom de ameaça aos ministros, xingamentos, e tudo isso faz parte desse caldo de cultura que desaguou no 8 de janeiro, que eu já chamei de o dia da infâmia.”
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Durante a busca e apreensão na residência de Torres, que chefiou o Ministério da Justiça e Segurança Pública no Governo Bolsonaro, a Polícia Federal (PF) encontrou uma minuta de decreto para o ex-presidente da República instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ou seja, o objetivo seria de descredibilizar o resultado das eleições de 2022 em caso de derrota.
Após sua passagem pelo Governo Federal, Torres foi nomeado para a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). Ele foi exonerado da pasta após os ataques terroristas em Brasília, que contaram com facilitações e pouca resistência por parte das autoridades locais.
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