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Montagem/TV Cultura
Montagem/TV Cultura

Com o fenômeno do Chat GPT, muitas outras formas de Inteligência Artificial foram difundidas nas redes sociais nas últimas semanas. O que para entusiastas de tecnologia é revolucionário, para parte da comunidade artística é uma preocupação. Ferramentas como Dall-E, Stable Diffusion e Midjourney, são capazes de criar imagens repetindo padrões dos próprios ilustradores, sem necessariamente apontar os créditos do desenho.

Algumas plataformas online para hospedagem de imagens artísticas, como Inkblot Art e Fur Affinity, estão restringindo o acesso a obras geradas por IA. Essa é uma forma de evitar que essas imagens, que podem ser geradas rapidamente, ofusquem o desempenho dos artistas.

As queixas mais recentes vêm dos criadores de animes e mangás, como explica o artista visual autônomo Gustavo Gama. “Muitos artistas não ficaram felizes com as inteligências artificiais reproduzindo em massa seus esboços e ilustrações, e eles [ilustradores] protestaram contra isso”, comenta o artista.

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Reprodução

O estudante de ilustração, Gabriel Koenigkom Martins, comenta sobre os desafios éticos da tecnologia, e concorda que “para produzir, a Inteligência Artificial precisa copiar padrões e, geralmente, esses padrões são de um artista que está tentando se manter no mercado."

Nessa mesma linha, Gustavo Gama comenta sobre as dificuldades de retorno monetário. “As redes sociais têm algoritmos que se você não postar todos os dias, fica invisibilizado. Então, para manter a constância e qualidade da arte, é muito difícil. As inteligências artificiais ajudam com isso, porque são ferramentas para a ilustração que facilitam na construção diária, mas, a consequência disso é que a maioria delas é paga, e precisamos do trabalho para ela continuar, e vira um mecanismo sem retorno”, afirma Gama.

Alguns ilustradores, por exemplo, estão tendo que lidar com consequências indiretas do uso da IA. O Rest of World menciona o caso de uma artista japonesa que postou a captura de tela de um software de ilustração para provar que não estava usando inteligência artificial para gerar a sua arte.

O pesquisador Christian Perrone afirma que há ainda muito o que se desenvolver. No caso das imagens, as questões éticas são ainda mais problemáticas, porque em textos desenvolvidos por IA, é necessária uma análise para se detectar o plágio, enquanto que nas ilustrações as semelhanças são muito mais visíveis. “É interessante pensar nas pessoas que usam essa tecnologia como um meio e não um fim, então pegar inspirações e bases para fazer a própria é legítimo”, relata o estudante Gabriel Koenigkom Martins.

Assim como o Chat GPT, previsto para lançar sua nova versão em 2024, as tecnologias de ilustração ainda são novidades em desenvolvimento. Para os pesquisadores, a Inteligência Artificial deve trazer uma melhor compreensão e criação para a humanidade, mas, por outro lado, se mantém o receio dos artistas sobre o lugar que ocuparão no mundo do mercado cibernético.

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