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A Justiça de São Paulo anunciou a falência da Livraria Cultura, uma das principais redes do Brasil. Há mais de quatro anos, a Segunda Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central Cível aprovou um pedido de recuperação judicial da empresa que indicava uma dívida de mais de R$ 280 milhões. Entretanto, nessa quinta-feira (9), o juiz responsável alegou descumprimento do plano de recuperação judicial ao decretar a falência.

O juiz Ralpho Waldo de Barros Monteiro Filho destacou que um novo plano de recuperação realizado em 2021 também não foi cumprido. Algumas das pendências reveladas são: ausência de quitação de dívidas trabalhistas, vencimento da data de pagamentos a credores e falta de envio de documentos. Além disso, o magistrado ressalta que a taxa de inadimplência da livraria passa de R$ 1,6 milhão.

A companhia, que pode ter suas lojas fechadas em poucos dias, aponta que, desde 2014, a queda na venda de livros, a redução do mercado editorial e a crise econômica brasileira foram alguns dos motivos que levaram a esse cenário.

Atualmente, a rede possui duas unidades, uma em Porto Alegre (RS) e a outra em São Paulo. A unidade da capital paulista é a mais conhecida, localizada no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. A livraria em questão ficou popularmente conhecida pelo esqueleto de dragão pendurado ao teto como parte da decoração.

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Em uma de suas visitas ao Brasil, José Saramago, escritor português vencedor do Nobel de Literatura e do Prêmio Camões, visitou a Livraria Cultura e afirmou: “A última imagem que levamos do Brasil é a de uma bonita livraria, uma catedral de livros, moderna, eficaz, bela. É a Livraria Cultura, está no Conjunto Nacional. É uma livraria para comprar livros, claro, mas também para desfrutar do espetáculo impressionante de tantos títulos organizados de uma forma tão atrativa, como se não fosse um armazém, como se de uma obra de arte se tratasse”.

A livraria, que já foi palco de lançamentos de livros de personalidades como Maurício de Sousa, Ziraldo, Jô Soares e Gal Costa, tornou-se símbolo cultural da cidade de São Paulo e da literatura nacional.

Inúmeros fãs do mundo literário, incluindo influentes, políticos e intelectuais lamentaram o fechamento da livraria, num contexto em que as livrarias lutam para sobreviver. O historiador e professor Leandro Karnal escreveu em uma de suas redes sociais: “Fim de uma era. Fim da Livraria Cultura ou fim da Cultura?”.

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