24 trabalhadores venezuelanos com crianças e bebês foram resgatados de condição análoga à escravidão nessa quinta-feira (9) em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
De acordo com o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), eles viviam sem cozinha, colchões e água suficiente. Conforme o órgão, eles trabalhavam na construção de alojamento e de galpões.
De acordo com Maurício Krepsky, auditor fiscal do Trabalho que participou da ação, algumas pessoas do grupo também foram vítimas de tráfico de pessoas, já que chegaram a ser aliciadas em cidades distintas para realizar os serviços.
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Ao todo, 39 pessoas, entre adultos, crianças e dois bebês gêmeos recém-nascidos, com 4 dias de vida, foram retirados do local. A Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) verificou que os venezuelanos trabalharam, por cerca de um mês, em "condições degradantes", o que caracteriza trabalho escravo contemporâneo no Brasil.
Segundo o GEFM, eles também tiveram que construir o próprio alojamento quando chegaram.
"(O alojamento foi) feito com paredes de madeira, chão de concreto e telhado de zinco, sendo composto por um quarto pequeno com uma ou duas camas para cada família e seis banheiros de uso coletivo. A fiação elétrica era precária, gerando alto risco de incêndio", explicou o coordenador da operação, o auditor-fiscal do trabalho Joel Darcie.
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