O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (10) que se enviasse munições para o conflito entre Rússia e Ucrânia estaria entrando na guerra. A declaração aconteceu durante entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN internacional. O petista está no país para se reunir com o líder americano, Joe Biden.
A Alemanha pediu ao Brasil para enviar à Ucrânia munições, no entanto, Lula negou. Olaf Scholz, chanceler do país, esteve no Brasil em 30 de janeiro.
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“Eu falei [para Scholz]: se eu mandar as munições que você está pedindo, eu entrei na guerra. E eu não quero entrar na guerra, eu quero acabar com a guerra”, afirmou.
Em sua opinião, a invasão russa foi um equívoco. “Lógico que ela [a Ucrânia] tem o direito de se defender. Lógico que ela tem o direito de se defender até porque a invasão foi um equívoco da Rússia. Ela não poderia ter feito isso. Afinal de contas, ela faz parte do Conselho de Segurança Nacional. Ou seja, isso não foi discutido no Conselho de Segurança. O que eu quero é dizer o seguinte: olha o que tinha que ser feito de errado já foi feito”, explicou.
"Eu sei que o Brasil não tem muita importância no cenário mundial, nessa lógica perversa dos conflitos do mundo, mas posso te dizer que vou me dedicar para ver se encontro um caminho para alguém falar em paz", complementou o presidente.
A guerra entre Rússia e Ucrânia começou em fevereiro de 2022 e continua até o momento.
O petista está em viagem oficial aos Estados Unidos, é a primeira visita dele ao país depois que retornou ao Palácio do Planalto.
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Lula se encontra com representantes da Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais e, mais tarde, com o presidente Joe Biden. A reunião acontecerá no Salão Oval da Casa Branca e, em seguida, no Cabinet Room.
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