Um estudo publicado pelo Centro de Combate ao Ódio Digital mostrou que o uso excessivo do aplicativo TikTok pode ter um impacto negativo para saúde mental de crianças e adolescentes. O centro analisou vídeos entregues na aba de “Recomendados” e mostrou que, em apenas três minutos, conteúdos sobre suicídio aparecem para jovens.

A pesquisa também encontrou conteúdos sobre dietas sem embasamento cientifico, reforço à magreza, transtorno alimentares e armas. A preocupação aumenta quando 60% do público da rede social é formado por pessoas entre nove e 17 anos, segundo o estudo da Tik Kids Online Brasil.

“O adolescente que consume conteúdo sobre suicídio, transtorno alimentar, dietas, corpos perfeito pode ser impactado porque ele acha que só aquilo é a realidade. Vê aquilo como a única realidade e muitas vezes a única saída. Mas a gente sabe que não é verdade, por isso temos que crivar cada dia mais a relação do adolescente com esses conteúdos”, explica o psicólogo Yuri Busin.

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Apesar da política de moderação do TikTok dizer que identifica e exclui publicações com conteúdos considerados abusivos ou impróprios, essa remoção não acontece na velocidade necessária. Por isso, é importante o acompanhamento dos pais e responsáveis.

“É preciso uma certa autonomia pra navegar nas redes. Falando de crianças e adolescentes, pode ser mais difícil. Mas, por outro lado, a gente tem escolas, que podem incentivar o letramento digital. O que a gente mais precisa é de usuários críticos nas redes, para ele ser um adulto que não vai cair nas armadilhas das redes, desinformação”, afirma Issaaf Karhawi, doutora em Comunicação Digital.