Desde 2015, cerca de metade das crianças Yanomami de até 5 anos apresentam peso baixo ou muito baixo para a idade. Em 2021, o número alcançou seu auge, com 56,5% de crianças com algum nível de déficit de peso. Os dados são do Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena do Ministério da Saúde.
Os números não representam o total das crianças Yanomami, mas aquelas que foram atendidas pelo Subsistema de Atenção à Saúde Indígena no Sistema Único de Saúde (SasiSUS) e que foram acompanhadas pela Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN).
As crianças atendidas são cadastradas para que seja realizado monitoramento e avaliação das ações de saúde. Desde janeiro, a Terra Indígena Yanomami, a maior reserva indígena do Brasil, enfrenta grave crise sanitária, com dezenas de casos de malária e desnutrição grave.
Veja os números da desnutrição infantil na tabela abaixo:
Crianças Yanomami de até 5 anos abaixo do peso
Ano | Crianças monitoradas | Baixo peso | Peso muito baixo | % abaixo do peso |
2015 | 3516 | 1059 | 666 | 49,1 |
2016 | 3942 | 1198 | 809 | 50,9 |
2017 | 3722 | 1107 | 656 | 47,4 |
2018 | 4187 | 1220 | 861 | 49,7 |
2019 | 4382 | 1338 | 1050 | 54,5 |
2020 | 4044 | 1227 | 978 | 54,5 |
2021 | 4245 | 1269 | 1130 | 56,5 |
2022 | 4040 | 1098 | 1011 | 52,2 |
Fonte: Ministério da Saúde
Em 2015, 3516 crianças que eram acompanhadas pelo Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (Siasi), 1059 estavam com peso baixo e 666 com peso muito baixo para a idade.
Em 2016, eram 50,9% crianças nessa condição. Em 2017, eram 47,4%. E 49,7% em 2018.
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