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Reprodução/TV Cultura
Reprodução/TV Cultura

Um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) revelou que, já em 2018, a cidade de São Sebastião tinha 52 pontos sujeitos a deslizamentos em locais habitados, sendo 21 núcleos de moradia ou bairros do município.

A Barra do Sahy, região com mais mortes registradas na tragédia do último final de semana, tinha 162 moradias em locais de risco registrado em 2018. Porém, o estudo não apontava o local como o mais perigoso.

No total, o IPT registrou mais de quatro mil casas em locais sujeitos a inundações e alagamentos em toda a região. Esses dados já eram suficiente para o poder público investir em obras de infraestrutura para ajudar as pessoas que moram nesses lugares.

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“Encostas muito altas com declive muito alto acima de 30 graus, são áreas que são suscetíveis a ocorrência desse deslizamento. Então, quando eu tenho a área que é muito suscetível com uma ocupação que é muito vulnerável, a conjunção ali é ruim. Eu vou ter riscos, muito altos, que é o que a gente encontra sempre na borda das Serras”, explica Fabricio Mirandola, diretor do IPT.

No último final de semana, com a alta quantidade de chuva, o solo se tornou fluido, deslizando muito mais rápido e com muita força.

“O solo e o relevo dela, as características dela, proporcionam um processo que a gente chama de liquidificação. Quando você tem muita água que cai nesse solo, esse solo ele começa a se tornar um líquido basicamente. A água vai ocupando os espaços ali e quando esse material desce, ele é muito mais fluido do que um deslizamento que ocorreria em uma chuva normal”, completa Mirandola.

No site da prefeitura de São Sebastião, é possível verificar obras de drenagem e pavimentação. Mas, há a apenas uma para conter deslizamentos.

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“Não é barato ocupar áreas de morro, não é simples você conseguir fazer uma construção que realmente suporte o impacto de uma massa. por isso que as áreas mais caras, as primeiras que são ocupadas, são da planície. Infelizmente, a gente tem acesso a ocupações subnormais em beira de morro, porque é mais caro ocupar”, finaliza o diretor.