Mulheres ocupam apenas 29% dos cargos de liderança nas indústrias do Brasil. Já os homens representam 71%. Além disso, apenas 14% das empresas têm áreas específicas dedicadas à promoção de igualdade de gênero no local de trabalho, sendo que apenas 5% contam com orçamento próprio.
Os dados são da pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB. O estudo foi divulgado na manhã desta quarta-feira (8). Segundo o levantamento, a proporção média de funcionários e funcionárias nas empresas também é desigual. Homens são 70%, mulheres representam 30%.
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A pesquisa ainda aponta que 20% das empresas questionadas afirmaram ter a intenção de aumentar os recursos voltados a ações para tratar igualdade de gênero nos ambientes profissionais. Tal meta é observada, sobretudo, em empresas lideradas por mulheres (23%), contra 18% das lideradas por homens.
Ainda segundo o estudo da CNI, o preconceito é o principal entrave para a implementação de programas de igualdade. A cultura machista vem em seguida. Dos executivos ouvidos, 14% disseram não ver barreiras.
Os instrumentos mais usados pelas empresas para diminuir a desigualdade entre homens e mulheres na indústria são:
- Paridade salarial (77%);
- Política que proíbe discriminação em função de gênero (70%);
- Programas de qualificação de mulheres (56%);
- Programas de liderança para estimular a ocupação de cargos de chefia por mulheres (42%);
- Licença maternidade de seis meses (38%).
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