Autoridades ligadas ao Ministério da Justiça e ao governo do Rio Grande do Norte apontam que duas facções criminosas rivais se aliaram, por tempo determinado, para promoverem os ataques no estado.
Até o momento, pelo menos 39 cidades já foram alvos dos criminosos. Carros, comércios, prédios públicos e bases da Polícia Militar têm sido queimados e vandalizados pelos bandidos.
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De acordo com informações do governo federal, o gatilho para os ataques foi a transferência para fora do estado, em janeiro, de chefes do Sindicato do Crime, principal facção no Rio Grande do Norte. Informações da área de inteligência do governo já apontavam a possibilidade de retaliação depois da transferência.
A facção disputa com o Primeiro Comando da Capital (PCC) as rotas internacionais de cocaína para a Europa. As duas facções estavam rompidas desde 2017, quando se enfrentaram em uma batalha campal dentro do Presídio Estadual de Alcaçuz. Na ocasião, 27 pessoas morreram.
De 2012, quando a facção potiguar surgiu, até 2016, a convivência entre as duas organizações criminosas foi pacífica.
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