Uma operação da polícia deflagrou dezenas de mandados contra integrantes das facções suspeitas de organizar os ataques a tiros e incêndios em estabelecimentos no Rio Grande do Norte.
Entre a noite da última quinta-feira (16) e a madrugada desta sexta (17), diversas cidades potiguares presenciaram noites de terror. Foi o quarto dia seguido. Os ataques começaram no início da semana.
Ao todo, agentes de segurança cumprem 30 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão. Os atos foram registrados em, ao menos, 39 municípios.
Autoridades ligadas ao Ministério da Justiça e ao governo do RN apontam que duas facções criminosas rivais se aliaram, por tempo determinado, para promoverem os ataques no estado.
Leia mais: China anuncia que Xi Jinping irá à Rússia para se reunir com Vladimir Putin
Após protestos contra autoritarismo de Macron, mais de 300 pessoas são presas na França
De acordo com informações do Governo Federal, o gatilho para os ataques foi a transferência para fora do estado, em janeiro, de chefes do Sindicato do Crime, principal facção no Rio Grande do Norte. Informações da área de inteligência do governo já apontavam a possibilidade de retaliação depois da transferência.
A facção disputa com o Primeiro Comando da Capital (PCC) as rotas internacionais de cocaína para a Europa. As duas facções estavam rompidas desde 2017, quando se enfrentaram em uma batalha campal dentro do Presídio Estadual de Alcaçuz. Na ocasião, 27 pessoas morreram.
De 2012, quando a facção potiguar surgiu, até 2016, a convivência entre as duas organizações criminosas foi pacífica.
REDES SOCIAIS