Uma operação realizada pelo Grupo Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou 212 trabalhadores em condições análogas à escravidão em Goiás nesta sexta-feira (17). Contratados por uma empresa terceirizada em prestação de serviços, os empregados trabalhavam para produtores de cana de açúcar e usinas de álcool.
De acordo com o MTE, o serviço acontecia nas de Itumbiara, Edeia e Cachoeira Dourada, em Goiás, e também em Araporã, em Minas Gerais.
Provenientes do Piauí, Maranhão e Rio Grande Norte, os trabalhadores não recebiam alimentação e eram submetidos a pagar aluguéis nos barracos, usados como alojamento. Parte dos abrigos possuíam paredes com mofo, goteiras e não contavam com ventilação. Os banhos eram em água fria.
Além disso, alguns dos funcionários pagavam pelo colchão, enquanto outros dormiam em redes ou no chão forrado com pedaços de pano e papelão.
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Segundo informações do governo federal, após terem sido notificadas, as empresas envolvidas assumiram a responsabilidade pelos trabalhadores resgatados e concordaram em pagar as verbas rescisórias no valor de R$ 2 milhões e 570 mil. Desse valor, mais de 50% será destinado aos danos individuais dos funcionários.
A Polícia Federal deu início a um inquérito para apurar a prática do crime de submissão de trabalhadores a condições análogas à de escravo contra os responsáveis do caso.
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