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Anielle Franco discursa no Palácio do Planalto sobre políticas públicas de combate ao racismo no Brasil

Saiba quais foram as medidas divulgadas pelo presidente Lula ao lado da ministra da Igualdade Racial e outros parlamentares


21/03/2023 18h26

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, discursou, nesta terça-feira (21), sobre a importância de políticas públicas de combate ao racismo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou um pacote de medidas pela igualdade racial durante solenidade promovida pelo Ministério da Igualdade Racial, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). 

Leia também: Dia de Combate à Discriminação Racial: Governo anuncia medidas pela igualdade no Brasil

Hoje se celebra o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial e o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, além dos 20 anos de criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Entre as medidas anunciadas na solenidade, está a instituição de um grupo de trabalho de enfrentamento ao racismo religioso, com a participação de 13 órgãos e nove organizações de sociedade civil. 

A ministra Anielle Franco da Igualdade Racial também anunciou:

- Programa Aquilomba Brasil, que vai atuar na promoção dos direitos da população quilombola nos eixos de acesso à terra, infraestrutura e qualidade de vida, inclusão produtiva e desenvolvimento local, e direitos e cidadania. A estimativa é de que cerca de 214 mil famílias e mais de 1 milhão de pessoas no Brasil sejam quilombolas;

- Titulação de três territórios quilombolas que aguardam por quase duas décadas para ter o direito sobre seu território. A comunidade de Brejo dos Crioulos (MG), está com processo aberto para titularização há 20 anos. A segunda, Lagoa dos Campinhos (SE), há 19 anos. E Serra da Guia (SE) há 18 anos;

- O presidente Lula assinou o decreto de criação do grupo de trabalho interministerial para a criação do novo Programa Nacional de Ações Afirmativas. O grupo de trabalho deverá pensar e estruturar ações para acesso e permanência de estudantes negros nos espaços de ensino;

- Decreto assinado para elaboração de programa para redução de homicídios e vulnerabilidades sociais para a juventude negra, denominado Plano Juventude Negra Viva;

- Lula assinou o Grupo de Trabalho Interministerial do Cais do Valongo, que vai articular ações para a área portuária do Rio de Janeiro, por onde passaram mais de um milhão de escravizados. Está prevista a criação de um centro de referência de herança africana no local, que vai promover a valorização e a memória deste território, que é patrimônio histórico da humanidade.

Estavam presentes as ministras Margareth Menezes (Cultura); Esther Edweck (Gestão); Marina Silva (Meio Ambiente); Nísia Trindade (Saúde); Cida Gonçalves (Mulheres); Camilo Santana (Educação); Alexandre Silveira (Minas e Energia); Jader Filho (Cidades); a primeira-dama, Rosângela da Silva; parlamentares, ativistas do movimento negro e pesquisadores. 

Ao final do discurso de Anielle, plateia relembrou o nome de sua irmã, a senadora Marielle Franco, assassinada há cinco anos na Região Central do Rio. Aos gritos de "Marielle, Presente!", a ministra da Igualdade Racial deixou o púlpito

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