A defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, alegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele não enviou para a Polícia Federal as senhas corretas da sua 'nuvem de dados' por supostos "lapsos de memória".
Investigadores da Polícia Federal foram frustrados ao tentarem acessar as informações, porque as senhas fornecidas pelo ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do DF não funcionaram.
Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes pediu explicações para Torres sobre as senhas erradas. "Tendo em vista o atual estado mental do requerente, com lapsos frequentes de memória e dificuldade cognitiva, a confirmação da validade das senhas, na hodierna conjuntura, revela-se sobremaneira dificultosa", afirmaram os advogados de Torres.
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A situação irritou integrantes da PF porque os advogados de Torres disseram que ele pretendia colaborar com a apuração. Na avaliação dos investigadores, isso mostra que o ex-ministro da Justiça está contribuindo para ficar preso por mais tempo.
O ex-ministro está detido desde 14 de janeiro, por suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro. Agora, a defesa deve prestar informações sobre as senhas inválidas que ele forneceu.
A suspeita da PF é que o ex-ministro tenha fornecido dados falsos ou irá alegar que acabou dando informações erradas. Nesta sexta-feira (28), o ministro Luis Roberto Barroso, do STF, rejeitou mais um pedido de liberdade apresentado pelos advogados do ex-ministro.
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