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O Ministério da Saúde lança nesta quinta-feira (4) uma campanha nacional para o combate das arboviroses, doenças causadas pelos arbovírus, que incluem os vírus da dengue, zika e chikungunya.

Com a mensagem “Brasil unido contra a dengue, Zika e chukungunya”, a mobilização alerta sobre os sinais e sintomas, além de formas de prevenção e controle do mosquito Aedes Aegypti. A iniciativa será veiculada na TV aberta e segmentada, rádio, internet, carros de som e em locais de grande circulação de pessoas em todas as regiões do país.

O alerta busca complementar as medidas de reforço que vêm sendo adotadas pela pasta para a prevenção e controle das doenças, bem como para a garantia da assistência à população. “A ideia da campanha de comunicação é alertar que, quanto mais rápido você identificar os sinais e sintomas e buscar o serviço de saúde, mais rápido teremos o diagnóstico e vamos conseguir ter um desfecho adequado de redução dos óbitos”, reforça Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente.

De acordo com ela, estudos científicos são usados no momento para entender que os problemas não são os mesmos, portanto, as soluções precisam ser diferentes, com novas tecnologias. “Esse tema parece esquecido, algo que ninguém está falando, principalmente depois de uma pandemia, onde as pessoas estão cansadas de se preocupar com tantos riscos à saúde, mas a gente precisa lembrar que, infelizmente, temos essas três doenças que estão levando ao óbito no Brasil”, expõe.

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Situação epidemiológica

Em 2023, até o final de abril, houve aumento de 30% no número de casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2022 em todo o Brasil. As ocorrências passaram de 690,8 mil para 899,5 mil, com 333 óbitos confirmados.

Fatores como a variação climática e aumento das chuvas, o grande número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipos do vírus são fatores que podem ter contribuído para esse crescimento. Os estados com maior incidência de dengue são: Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Acre e Rondônia.

Já em relação à chikungunya, no mesmo período, foram notificados 86,9 mil casos, com taxa de incidência de 40,7 casos por 100 mil habitantes no país. Quando comparado com o mesmo período de 2022, apresentou um aumento de 40%. Neste ano, foram 19 óbitos confirmados. As maiores incidências da doença estão no Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

Em relação aos dados de zika, até o final de abril, foram notificados 6,2 mil casos da doença, com taxa de incidência de 3 casos por 100 mil habitantes brasileiros. Houve um aumento de 289%, quando comparado ao mesmo período de 2022, época em que 1,6 mil ocorrências da doença foram notificadas. Até o momento, não houve óbito por zika.

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Em março deste ano, foi instalado o Centro de Operações de Emergência (COE Arboviroses) para maior monitoramento do cenário epidemiológico e das diferentes realidades em cada estado. Desde então, oito estados já receberam visitas de campo da equipe do COE – Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina e Bahia – para auxiliar na estratégia local. O Ministério da Saúde atuou, ainda, na distribuição de larvicidas e no envio de mais de 300 mil kits laboratoriais para o diagnóstico da doença.

O COE é composto por técnicos de secretarias do Ministério da Saúde, além da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Evandro Chagas (IEC), Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

A medida permitiu análise minuciosa dos dados e das informações para subsidiar a tomada de decisão, definição de estratégias e ações adequadas e oportunas para o apoio aos estados e municípios para o enfrentamento dos casos.