Fiocruz alerta para aumento de internações de crianças por vírus respiratórios
Espirito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe são estados mais afetados
04/05/2023 17h03
A Fiocruz divulgou nesta quinta-feira (4) o novo Boletim do Infogripe, que alertou para o aumento de casos associados ao vírus influenza A e B em crianças. Nas últimas quatro semanas, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) foi responsável por 48,6% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Espirito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe são os estados com os maiores número de casos de SRAG no público infantil.
"Embora para o VSR ainda não tenhamos vacina disponível, levar às crianças para tomar as vacinas contra a gripe e contra a Covid-19 reduz a chance das crianças terem problemas respiratórios por esses outros vírus que também são perigosos. Isso diminui a própria exposição das nossas crianças ao sincicial nos hospitais e postos de saúde", explicou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Os números do estudo da Fiocruz saem no mesmo dia que a cidade de São Paulo registrou um aumento dos casos de sintomas respiratórios em crianças, o que causou lotação nos hospitais. A taxa de ocupação de leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica chegou em 84,6%, de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde.
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“É possível observar aumento recente nos casos associados aos vírus influenza A e B em diversos estados. Já nos pequenos (crianças até 2 anos de idade), o vírus sincicial respiratório segue gerando um volume muito grande de internações em todo o país, superando inclusive os casos notificados de SRAG por Covid-19 que afeta todas as idades", completa o pesquisador.
Em 2023, foram notificados 49.983 casos de SRAG, sendo 19.250 (38,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 22.804 (45,6%) negativos, e ao menos 4.926 (9,9%) aguardando resultado laboratorial.
Entrou os casos positivos, 4,2% são influenza A; 4% influenza B; 37% VSR; e 44% Sars-CoV-2.
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