O 13 de maio, data em que o Brasil decretou o fim da escravidão, foi lembrado na sede da Fiesp neste sábado.
A cerimônia reuniu autoridades, acadêmicos, empresários, membros da sociedade civil e pessoas de destaque na luta antirracista, além de uma apresentação do coral da Universidade Zumbi dos Palmares.
No evento, foi anunciado a criação do 'Museu da História do Homem Negro', na capital paulista.
“São Paulo e os negros ganham um museu pra contar a sua história, registrar as suas contribuições, e pra deixar a história cravada no nosso país”, disse o presidente da Afrobras, José Vicente, no evento.
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Outra cerimônia realizada foi a entrega da medalha do mérito cívico afro-brasileiro para personalidades que promovem e incentivam iniciativas em favor da inclusão e valorização do negro na sociedade. Entre os agraciados com o prêmio estão o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; a secretária de Esportes do estado de SP, coronel Helena Reis; e a secretária de Cultura e Economia Criativa de SP, Marilia Marton.
O 13 de Maio
No dia 13 de maio de 1888, há exatos 135 anos, a princesa Isabel sancionou a Lei Áurea no Brasil, que decretou o fim da escravidão no país, pelo menos no sentido legal. O Brasil foi a última nação do ocidente a decretar o fim do sistema escravagista.
“A escravidão acabou mas ela não está concluída, nós precisamos continuar trabalhando pra que os seus fundamentos, propósitos e objetivos sejam definitivamente alcançados e sacramentados”, salienta José Vicente.
Segundo números do Ministério do Trabalho, só nos primeiros meses de 2023, 1.201 pessoas foram resgatadas de situações análogas à escravidão, uma alta de 140% em relação ao mesmo período do ano passado. A maioria dos casos ocorre em áreas rurais.
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