Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Reprodução/Instagram @sandroluizfantinel
Reprodução/Instagram @sandroluizfantinel

A Câmara Municipal de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, rejeitou a cassação do mandato do vereador Sandro Fantinel (sem partido), que foi acusado de xenofobia contra nordestinos encontrados em condições análogas à escravidão em vinícolas na Serra Gaúcha. Durante o debate, nove vereadores entenderam que ele não quebrou o decoro parlamentar em suas falas.

A declaração do vereador aconteceu em fevereiro deste ano, cinco dias após as denúncias de trabalho escravo em três vinícolas.

“Agricultores, produtores, empresas agrícolas que estão me acompanhando, eu vou dar um conselho para vocês. Não contratem mais aquela gente lá de cima, conversem comigo, vamos criar uma linha, vamos contratar os argentinos, porque todos os agricultores que têm argentinos trabalhando hoje só batem palma”, disse Fantinel na tribuna da Câmara dos Vereadores na época. 

O parlamentar também descreveu os argentinos como “limpos, trabalhadores, corretos, que cumprem o horário e no dia de ir embora ainda agradecem o patrão pelo serviço prestado e pelo dinheiro que receberam”.

Leia também: “Não há intervenção do governo na Petrobras”, diz Jean Paul Prates após queda de preços

Ao todo, foram 13 votos a favor da cassação contra nove pelo arquivamento. Eram necessários, pelo menos, dois terços (14 votos) para seguir com o processo. 

Após a votação, houve sessão na Câmara nesta terça-feira (16) e o vereador se manifestou sobre caso. Como fez anteriormente, pediu desculpas pela declaração e definiu o discurso como “infeliz”.

“Eu fiz uma fala infeliz, eu fui infeliz, eu estava num momento infeliz, eu deixei muito claro meu arrependimento, peço novamente desculpas e perdão às pessoas, à comunidade, ao povo que se sentiu ofendido”, disse na tribuna.

Em várias oportunidades, ele foi interrompido por outros vereadores com gritos de “racista” e “pede para sair”.

Leia também: Metrópolis fala sobre etarismo no cenário cultural nesta sexta-feira (19)

“O que eu posso dizer é que o arrependimento é explícito e para complementar minha fala eu quero dizer o seguinte, não matei ninguém, não estuprei, não roubei, não desviei, não maltratei ninguém e isso está dentro de mim nos meus 55 anos de idade. Nunca fiz isso. Ao contrário de mim, tem gente que fez isso e está livre e que foi perdoado”, finalizou.