Lula volta a defender Maduro: “Ninguém é obrigado a concordar”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer que a Venezuela, sob o comando de Nicolás Maduro, é alvo de narrativas para negar que exista uma democracia no país. A declaração aconteceu nesta terça-feira (30) em entrevista coletiva após reunião com presidentes sulamericanos.

"Todo mundo sabe o que eu falo e penso. Em política, toda vez que você quer destruir um adversário é construir uma narrativa sobre ele. No caso da Venezuela, eu vivo isso desde 2002", disse Lula. "O que eu disse na verdade é que, desde que Chávez tomou, foi construído uma narrativa que ele era um demônio”, disse.

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Nesta terça, os presidentes do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e do Chile, Gabriel Boric, se manifestaram contra a declaração de Lula de que se trata de "narrativas", e não da realidade.

"O fato de ter dois presidentes que não concordaram, não sei em que jornal eles leram. Eu disse que aqui não foi convocado reunião de amigos do Lula. Foi convocado uma reunião de presidentes para construir um órgão dos países", afirmou.

"O Maduro faz parte deste continente nosso. Houve muito respeito com a participação do Maduro. Ninguém é obrigado a concordar com ninguém. É assim que a gente vai fazendo", acrescentou.

Na última segunda-feira (29), Lula recebeu Maduro no Palácio do Planalto, em Brasília. Durante a cerimônia, que precedeu a reunião de chefes de estado da América do Sul, o presidente brasileiro disse que cabe à Venezuela "mostrar a sua narrativa, para que possa efetivamente fazer pessoas mudarem de opinião".

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