“Espero que não tenhamos nunca mais eleições tão polarizadas”, torce Alexandre de Moraes
Presidente do TSE acredita que eleições brasileiras não serão tão violentas como em 2022
02/06/2023 17h57
Em evento com representantes dos tribunais regionais eleitorais em Belo Horizonte nesta sexta-feira (2), o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que não quer eleições tão polarizadas no país como aconteceram em 2022.
"Sou extremamente otimista, até porque corintiano que não é otimista não é corintiano. Espero que não tenhamos nunca mais eleições tão polarizadas. Discurso de ódio tão violento. Adversário político não é inimigo que precisa ser abatido. Adversário político precisa ser vencido", disse Moraes.
Na disputa presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) travaram uma grande disputa que dividiu eleitores em todo país. A temperatura cresceu tanto, que houve ataques entre eleitores em diversos estados, incluindo a morte de um petista no Paraná.
Ainda sobre o tema, Moraes citou o comportamento de parte dos empresários brasileiros, que cometeram assédio eleitoral contra funcionários.
Leia também: “Competência privativa do presidente”, diz Bolsonaro sobre indicação de Zanin ao STF
"Ocorreu assédio eleitoral. É inimaginável no século 21 empresários, eu diria, perderam totalmente a noção, respeito, medo, depois ganharam medo de novo, né? ", afirmou.
"Perderam o medo, filmando, ameaçando seus trabalhadores. Se não votassem em tais candidatos, se naquela seção eleitoral não tivesse tantos votos, iriam mandar embora", completou.
O presidente do TSE também afirmou que a Justiça Eleitoral precisou atuar de uma maneira mais intensa contra fake news eleitorais, pois as milícias digitais propagavam e continuam propagando o ódio e o fim da democracia
"A Justiça Eleitoral precisou sair de uma posição minimalista, tradicionalmente minimalista, para atuar no combate dessas verdadeiras milícias digitais", finalizou.
Leia também: Presidente do Banco Central afirma ser "muito contra" criação de moedas comuns entre países
REDES SOCIAIS