O desperdício de água potável aumentou pelo sexto ano seguido no Brasil. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6) pelo Instituto Trata Brasil.
Os números apontam que, em 2015, 36,7% da água potável produzida no país foi perdida durante a distribuição. Já em 2021, o ano mais recente com os dados disponibilizados, o índice atingiu 40,3%.
Na prática, a cada 100 litros de água captada pela natureza e tratada para se tornar potável, quase 40 litros se perdem por conta de vazamento nas redes, fraudes, “gatos”, erros de leitura dos hidrômetros, entre outros problemas.
Leia também: Mulher é encontrada morta com sinais de violência dentro de apartamento em BH
Roda Viva entrevista o romancista estadunidense Jonathan Franzen; conheça a bancada
Ainda em 2021, 7,3 bilhões de m³ de água foram captados da natureza e foram tratados, mas acabaram não sendo faturados pelas empresas do setor por conta dos problemas citados acima. Deste total, 3,8 bilhões de m³ foram desperdiçados por meio de vazamentos.
Uma portaria do governo federal estabelece como meta para o ano de 2034 a 25% para este indicador. Isto significa que caso o indicador de perdas de água caísse do atual patamar de quase 41% para os 25% previstos pela portaria, 25,7 milhões de brasileiros que não têm acesso à água potável hoje poderiam passar a usufruir deste direito.
Os quatro estados com mais desperdício do país estão no Norte: Amapá, Acre, Roraima e Rondônia.
Veja o ranking do desperdício por estado:
1. Amapá: 74,8% da água produzida é perdida
2. Acre: 74,4%
3. Roraima: 64%
4. Rondônia: 61,4%
5. Maranhão: 59,2%
6. Amazonas: 53%
7. Rio Grande do Norte: 52,2%
8. Mato Grosso: 48,4%
9. Sergipe: 48,4%
10. Alagoas: 47%
11. Pernambuco: 46%
12. Piauí: 45,3%
13. Ceará: 45,2%
14. Rio de Janeiro: 45%
15. Rio Grande do Sul: 42%
16. Bahia: 39,7%
17. Espírito Santo: 38,8%
18. Minas Gerais: 37,5%
19. Pará: 37,4%
20. Tocantins: 35,5%
21. Paraíba: 35,4%
22. Distrito Federal: 35,1%
23. São Paulo: 34,5%
24. Santa Catarina: 34,1%
25. Paraná: 33,8%
26. Mato Grosso do Sul: 33,4%
27. Goiás: 28,5%
REDES SOCIAIS