Um ataque causou a explosão da barragem de Nova Kakhovka, na região de Kherson, na Ucrânia. O incidente desta terça-feira (6) resultou em inundações na região sul do país.
A estrutura fica em uma área de disputa territorial, sendo controlada em parte pela Rússia. Os dois países trocaram acusações sobre a autoria do ataque.
A agência estatal RIA informou que 22 mil pessoas podem ser afetadas. Já o governo ucraniano disse que 80 povoados podem ser inundados. Depois da explosão, o nível da água subiu cinco metros, deixando ilhas fluviais submersas.
O chefe da região de Kherson, ligado ao governo da Ucrânia, disse que a água pode atingir níveis críticos nas próximas horas. A barragem atingida possui um reservatório de 18 km³, que fornece água para a península da Crimeia e para a usina nuclear de Zaporizhzhia, ambas em territórios ucranianos controlados pela Rússia.
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Segundo a agência estatal de energia atômica da Ucrânia, a explosão da barragem coloca em risco a usina nuclear de Zaporizhzhia, que usa a água do reservatório para segurança da operação. Entretanto, também de acordo com a agência, a situação está sob controle.
Após a Ucrânia anunciar que a barragem havia sido alvo de um bombardeio russo, o prefeito da cidade onde fica a usina, ligado ao governo russo, negou a explosão e disse que tudo estava "quieto e calmo".
Porém, momentos depois ele mudou a versão e afirmou que a barragem tinha sido alvo de um bombardeio, que classificou como um "sério ato terrorista", acusando a Ucrânia.
De acordo com agências de notícias russas, a barragem foi destruída por uma série de bombardeios ucranianos.
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