A morte de uma adolescente de 16 anos na última terça-feira (13), moradora de Campinas, está sendo analisada pelo Instituto Adolfo Lutz como suspeita de Febre Maculosa.

Somente neste ano, foram registrados 16 casos da doença e 7 óbitos no estado de São Paulo. Dentre os casos confirmados na última segunda-feira (12), três estiveram em um evento na Fazenda Santa Margarida, na região de Campinas. 

Em 2022, foram registrados 63 casos, com 44 óbitos confirmados. Já em 2021, foram 87 casos e 48 óbitos.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo alerta para que as pessoas que estiveram na Fazenda Santa Margarida, no período de 27 de maio a 11 de junho, e apresentarem febre e dor pelo corpo, dor cabeça ou manchas avermelhadas pelo corpo, procure atendimento médico imediatamente e informe ao médico que esteve na região.

Leia também: Brasil registrou 753 mortes por febre maculosa nos últimos 10 anos

Febre Maculosa

A febre maculosa, também conhecida como doença do carrapato, é uma infecção febril de gravidade variável, com elevada taxa de letalidade. Ela é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia e transmitida pela picada do carrapato. Entre junho e novembro, a infestação ambiental por ninfas de carrapato estrela é alta (o ciclo de vida do carrapato inclui as seguintes fases: ovo – larva – ninfa e adulto).

Além da fazenda onde os eventos foram realizados, as regiões com maior frequência de casos são as de Campinas, Piracicaba, Assis e Sorocaba. O período de incubação da Febre Maculosa é de 2 a 14 dias. Especialistas indicam que é importante considerar exposições ocorridas nos últimos 15 dias antecedentes ao início de sintomas.

Leia também: Após multas por não usar máscara, Justiça bloqueia mais de R$ 500 mil de contas de Bolsonaro