Pela primeira vez desde 2020, os alertas de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami zeraram. O monitoramento feito por satélite pela Polícia Federal (PF) não registra áreas exploradas há 33 dias. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (20).

Para efeito de comparação, entre os meses de abril e maio de 2022, a região registrou 538 alertas. No mesmo período deste ano, foram 33, redução de 93%. No mês de junho, não houve alertas.

"Esta é a primeira vez, desde o início deste tipo de monitoramento, em agosto de 2020, que se observa a ausência de alertas de garimpos por um período tão longo de tempo. Tais resultados indicam que, pela primeira vez nos últimos anos, não houve novas áreas de garimpo ilegal sendo exploradas", informou a PF.

As imagens dos satélites são processadas diariamente e consolidadas a cada sete dias.

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Com a queda do garimpo, a PF espera avançar na Operação Libertação na Terra Yanomami, que tem como objetivo a reocupação do território.

"O foco será ocupar áreas dentro da reserva para assegurar a retomada da normalização da prestação de serviços básicos aos Yanomami”, explicou a corporação.

A Terra Indígena Yanomami é o maior território indígena do país, com mais 10 milhões de hectares. O número corresponde a extensão aproximada do estado do Pernambuco.

Vale lembrar que a região está em emergência de saúde pública desde 20 de janeiro, quando foram encontradas crianças com desnutrição e sofrendo de diversas doenças.

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