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Reprodução / Facebook Clube Atlético Mineiro
Reprodução / Facebook Clube Atlético Mineiro

O goleiro Everson, do Atlético-MG, foi vítima de injúria racial por parte de um torcedor do Libertad. O caso ocorreu na noite dessa terça-feira (27) após o jogo entre os times pela Libertadores, no estádio Defensores del Chaco, no Paraguai. A partida terminou empatada por 1 a 1.

Logo depois do apito final, no momento em que Everson concedia entrevista no gramado, um torcedor se direcionou ao goleiro com gritos e imitando um macaco com os braços.

A diretoria do Atlético, de forma imediata, se direcionou ao delegado da partida para que ele registrasse o caso em súmula, entregando as imagens que comprovam o ato racista, por meio de um pen drive.

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Quando descia para o vestiário, o goleiro do Galo respondeu ao autor da injúria racial mandando beijos. Na zona mista do estádio em Assunção, o jogador disse que percebeu o ocorrido desde o início.

“Cheguei a ouvir, ouvi o direcionamento. Chamaram ‘arquero’, que é goleiro, em espanhol. Depois começaram a fazer o gesto para mim. Eu estava focado, porque temos que dar entrevista para todas as televisões. Vi que o Pedro (fotógrafo do Galo) estava tirando as imagens, procurei ficar calmo naquele momento, porque eu sei que estávamos reunindo algumas provas ali. Infelizmente, isso vem acontecendo no continente sul-americano. Não são todos, mas sabemos que ainda passamos por isso", disse o goleiro. 

"Uma pessoa fez, mas vários gritaram. Eu ouvi vários gritando, usando palavras como macaco. Todos somos iguais, não tem diferença de pele, cor e sangue. Precisamos ter mais amor ao próximo."

O goleiro tinha intenção de registrar o fato na delegacia, o que não foi possível em função do horário de voo da delegação para retornar ao Brasil.

“Pretendo buscar meus direitos, como ser humano, como atleta, como pessoa. Não ficamos felizes com isso. O que for dentro da lei, nos meus direitos, vou buscar meus direitos. Vou ver com o clube. A gente tem horário do voo, mas se der, com certeza vou. Se não for atrapalhar a logística, eu vou buscar meus direitos. Não vou medir esforços”.