Um grupo de afegãos foi transferido do aeroporto internacional de Guarulhos à Colônia de Férias do Sindicato dos Químicos da Praia Grande, localizado no litoral sul de São Paulo. A ação envolveu os governos federal, estadual, municipal, além da ONU e entidades privadas. Ao todo, 130 afegãos, incluindo 35 crianças, estão vivendo no local.

Agora, o Governo Federal trabalho num plano de ação para levar outros refugiados a outras cidades do país. A prefeitura da Praia Grande cobrou do Ministério da Justiça reforça nas medidas de segurança e higiene, pois houve um surto de sarna entre os afegãos no aeroporto.

A crise migratório no Afeganistão começou em 2021 após o Talibã retomar o poder no país. O grupo aproveitou a saída das tropas norte-americanas.

Leia também: Ministério da Saúde vai substituir 'gotinha' por vacina injetável contra poliomielite

Desde então, o Brasil passou a ser um dos locais de maior procura para refugiados. Entre setembro de 2021 e abril de 2023, o governo brasileiro autorizou 11.356 vistos humanitários.

Uma das pessoas transferidas foi a jornalista e ativista Nuria Sharifi, que ficou 17 dias acampada com o marido e os filhos em Guarulhos. Eles não tinham cama adequada e não tinham acesso a banho. Ela deixou seu país após sofrer perseguição do Talibã.

No centro de acolhimento, foi montado um mutirão para emissão de CPF, regularização migratória e cadastro único. A expectativa é que todos possam acessar direitos e oportunidades no Brasil, como conta em banco e emprego.

O local também oferece tratamento médico, bucal, vacinação e doação de brinquedos.

Leia também: Quais são as chances de a Etiópia aderir ao Brics?

De acordo com a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados, não há mais afegãos nos aeroporto de Guarulhos.