Leslie Van houten pode ser a primeira mulher da família Manson a deixar a prisão
A família Manson era uma seita dos anos 1960 liderada pelo criminoso Charlie Manson, que exercia uma influência manipuladora sobre seus seguidores
11/07/2023 11h35
Leslie Van houten, de 73 anos, tinha 19 quando se juntou à "família Manson”, uma seita dos anos 1960 liderada pelo criminoso Charlie Manson. Na ocasião, ela era a mais nova do grupo.
Charlie exercia uma influência manipuladora sobre seus seguidores, a quem ele chamava de "família". Todos se envolveram em vários crimes e assassinatos motivados por uma mistura de ideias distorcidas, como uma suposta "guerra racial" e uma visão apocalíptica do mundo.
Leslie foi julgada pela primeira vez em 1971 por um assassinato cometido em agosto de 1969. No depoimento, ela contou que esfaqueou cerca de 15 vezes a barriga da mulher de um empresário, limpou suas digitais de objetos que poderiam incriminá-la e queimou as próprias roupas depois. A assassina também disse que pegou queijo e leite achocolatado da geladeira da vítima antes de sair da casa.
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O marido da vítima também estava na casa e foi morto por outros membros do grupo que estavam com a criminosa. O grupo escreveu frases na parede e na geladeira com o sangue das vítimas ("morte aos porcos" e "helter skelter", o nome que Manson dava às teorias apocalípticas de guerra racial dele).
Van Houten foi condenada à prisão perpétua. Hoje, após 53 anos presa, ela pode se tornar a primeira mulher da “família” a deixar a prisão e passar a cumprir a pena em liberdade condicional. Em 1985, um homem que fazia parte do grupo criminoso deixou a cadeia.
A Suprema Corte da Justiça da Califórnia decidiu que ela atende às condições para passar para a liberdade condicional. O governador do estado, Gavin Newson, poderia tentar reverter a decisão, mas decidiu que não fará isso, apesar de não concordar com a decisão da Justiça: "Mais de 50 anos após o culto de Manson cometer esses assassinatos brutais, as famílias das vítimas ainda sentem o impacto", diz o comunicado do governador.
Leslie já disse que se arrependeu por participar dos assassinatos. Segundo ela, na época dos crimes ela estava com problemas mentais que eram agravados pelo uso de LSD e que acreditava que Charlie Manson era Jesus Cristo.
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