Um dos setores mais afetados pela pandemia da Covid-19, vem se recuperando. O turismo no Brasil teve o maior faturamento para o mês de maio desde 2014. O segmento movimentou R$ 36 bilhões, um aumento de 8,6% em comparação a abril.
Como o câmbio segue desfavorável, os turistas brasileiros optam por viagens nacionais. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil, 7,2 milhões de passageiros voaram pelo país em junho. É melhor desempenho desde junho de 2015.
“Estamos quase retomando o processo projetado do faturamento do turismo, com empregabilidade, volume do faturamento de negócios e atração de investimentos no setor. Em todos os seus aspectos. Ou seja, centros de convenção reformados, hotelaria nova e restaurantes de maneira exponencial”, afirma Alexandre Sampaio, coordenador do Conselho Empresarial de Turismo da CNC.
Com mais gente viajando, mais pessoas trabalhando. Foram criadas, entre janeiro e maio de 2023, 64,2 mil vagas de emprego. A projeção é que esse número passe dos 100 mil até o final do ano.
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Mas, apesar das projeções positivas, o país segue fora dos 50 países mais visitados do mundo. Por ano, o Brasil recebe, em média, 6 milhões de turistas. Os números estão bem atrás de países com populações menores, como México (45 milhões de turistas por ano) e Vietnã (18 milhões de turistas por ano).
“A maioria das notícias do Brasil que chegam ao exterior estão relacionadas à corrupção, ambiente violento e inseguro. Tem um ranking que mede a atratividade do país em relação ao turismo para o público feminino e para o público LGBTQIA+, e o Brasil está em segundo lugar de hostilidade a esse público”, explica Paula Sauer, professora de economia.
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