O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (17) a quebra do sigilo fiscal e bancário de Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle. A decisão acontece após o advogado de Mauro Cid informar que seu cliente irá confessar que as vendas da joias foram realizadas a pedido do ex-presidente.
As quebras têm como objetivo saber se o dinheiro da comercialização dos itens nos Estados Unidos chegou a Bolsonaro ou sua esposa.
O ministro também autorizou um pedido de cooperação internacional feito pela Polícia Federal para solicitar ao governo dos Estados Unidos a quebra do sigilo bancário de todos os investigados.
Fabio Wajngarten, advogado de Jair Bolsonaro, não se manifestou sobre a decisão de hoje de Moraes. Mas, na semana passada, afirmou que o ex-presidente “jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos, colocando à disposição do Poder Judiciário sua movimentação bancária”.
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A defesa de Michelle afirmou que não irá comentar a decisão o ministro do STF.
A PF suspeita que o dinheiro das vendas das joias era repassado para Bolsonaro em dinheiro vivo. As autoridades dizem que os itens eram levados ao exterior durante viagens presidenciais em aviões da FAB.
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